O deputado federal Léo Prates (PDT-BA) decidiu colocar as cartas na mesa. Mesmo com o PDT oficialmente integrado à base do governador Jerônimo Rodrigues (PT), ele reafirma que continuará na oposição. E vai além: defende a construção de uma frente ampla para 2026, unindo nomes como ACM Neto (União Brasil), João Roma (PL) e Márcio Marinho (Republicanos).
A movimentação de Prates não é apenas um gesto isolado — é cálculo político. Ele percebe que o bloco oposicionista cresce nas pesquisas e pode chegar mais competitivo às urnas do que em 2022. Nesse cenário, posicionar-se agora pode ampliar seu capital político e abrir espaço para futuras negociações.
Mesmo mantendo-se no PDT por ora, o deputado deixou claro que a permanência tem limites: se o partido fechar totalmente com o governo e exigir alinhamento, ele considera trocar de sigla. União Brasil e Republicanos aparecem como opções no horizonte.
Para a oposição, a entrada de Prates numa articulação conjunta reforçaria o discurso de união contra a hegemonia petista na Bahia. Já para o governo, a postura dele é tratada com indiferença pública — mas não deixa de ser um sinal de que, nos bastidores, 2026 já começou.
No xadrez político baiano, a estratégia de Prates aposta na força da convergência. E, se conseguir reunir lideranças hoje dispersas, pode ajudar a redesenhar a correlação de forças no estado. Em um ambiente onde alianças mudam conforme o vento, ele escolhe marcar posição cedo — e com recado claro: quer estar no centro do jogo.