As articulações partidárias para 2026 seguem em ebulição. Em entrevista ao Bahia Notícias, o deputado estadual e presidente do Solidariedade na Bahia, Luciano Araújo, confirmou que as conversas com o PRD sobre a formação de uma federação continuam, mas ainda sem definição fechada. “Estamos dialogando com o PRD, mas até o momento não há nada 100% definido”, afirmou.
A expectativa das cúpulas nacionais é que a federação seja formalizada até o dia 4 de julho, em Brasília, com o lançamento oficial do estatuto e da identidade do novo bloco político. A união visa fortalecer os partidos menores diante das cláusulas de barreira e das mudanças no sistema proporcional.
Na Bahia, o Solidariedade tem hoje dois representantes na Assembleia Legislativa: o próprio Luciano Araújo e Pancadinha. Já o PRD, mais recente na cena, tem como principal nome o ex-vereador Binho Galinha, que atua politicamente na região de Feira de Santana.
No campo nacional, o Solidariedade conta atualmente com 15 deputados federais. O partido tem como meta ampliar sua presença na Câmara em 2026 e também repetir o bom desempenho das eleições municipais, quando elegeu nomes como Manoelito Argolo Junior, Assis Porto, Leandra Belitardo e Zé Geraldo. Já o PRD venceu em municípios como João Dourado e Umburanas.
O histórico recente dos dois partidos inclui tentativas frustradas de federação — o Solidariedade, por exemplo, ensaiou aproximação com o PSDB. Já o PRD enfrentou constrangimento nacional após a prisão de Fernando Collor, que, segundo dirigentes, sequer constava como filiado formal.
Nos bastidores, a cautela de Luciano Araújo não é por acaso. Com a reconfiguração de alianças no tabuleiro baiano, o parlamentar sabe que um movimento precipitado pode implicar em disputas internas por protagonismo e tensionar as eleições proporcionais em diversos municípios.