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Mesmo com aumento de impostos, contas públicas seguem no vermelho
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Mesmo com aumento de impostos, contas públicas seguem no vermelho

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva enfrenta uma batalha fiscal difícil e crescente, que exigirá esforços expressivos para atingir a meta de 2026. De acordo com cálculos feitos pelo Tesouro Nacional, o governo precisa encontrar R$ 86,3 bilhões em receitas extras para atingir o centro da meta de resultado primário, equivalente a 0,25% do PIB. Este número reflete a gravidade da situação: um país que, mesmo com aumentos de impostos, não consegue cobrir seus custos. As projeções indicam um aumento substancial da necessidade de receitas, com R$ 105,1 bilhões para 2027 e R$ 175,7 bilhões em 2028.

A medida do governo de reajustar o IOF e outras alterações tributárias tem sido vista como uma tentativa de controle da crise fiscal, mas os efeitos têm sido modestos. A recente Medida Provisória que altera a tributação de vários setores e a reversão de incentivos fiscais são bem-vindas, mas ainda ficam aquém da necessidade total, que varia entre 1,2% e 1,6% do PIB nos próximos três anos.

O problema não está apenas no volume de receitas, mas também na crescente dificuldade do governo em negociar com o Congresso e implementar medidas fiscais que possam ser sustentáveis a longo prazo. Isso reflete um cenário de resistência, especialmente com a proximidade das eleições. Ao mesmo tempo, o impacto das políticas fiscais no bolso do cidadão está se tornando cada vez mais claro, já que as medidas fiscais adicionais, como o aumento do IOF, estão sendo passadas para os consumidores na forma de encargos extras.

Embora o governo tenha buscado alternativas para garantir um ajuste fiscal sem congelar gastos, a realidade é que o Tesouro Nacional está, na prática, projetando um futuro em que a dívida pública continuará a crescer, com a dívida bruta do governo geral alcançando até 84,3% do PIB em 2028, caso o país siga o ritmo de arrecadação atual. E, se não houver um aumento significativo nas receitas, esse número poderá superar 89% até 2034.

O cenário é um reflexo claro de um país sem alternativas reais para reduzir sua dívida, enfrentando uma luta constante entre aumentar impostos e gerar receitas adicionais, ao mesmo tempo que tenta manter a máquina pública funcionando. O governo terá que navegar em águas turbulentas, e os próximos anos serão decisivos para a saúde fiscal do país.

A verdadeira questão é: o Brasil continuará acumulando dívidas à medida que tenta equilibrar seu orçamento? A resposta pode ser vista nos próximos passos da administração fiscal do governo.

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