Em meio a especulações sobre uma eventual composição de chapa presidencial para 2026, o ex-prefeito de Salvador e vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto, veio a público colocar os pingos nos is. O recado foi claro, direto e estratégico: “Não existe plano B”. A fala foi uma resposta ao ex-vice-governador João Leão, que o mencionou como possível nome para vice de Tarcísio de Freitas em uma possível candidatura nacional.
A declaração de Neto foi feita durante o tradicional Pedrão de Lauro de Freitas, evento que ele aproveitou não apenas para dançar forró, mas para afinar o tom político de 2026. “Seria uma honra disputar ao lado de Tarcísio ou de Caiado, mas meu plano é trabalhar pela Bahia”, afirmou. E, com isso, deixou claro que sua prioridade segue sendo o projeto de reconstrução política no estado que, segundo ele, vive um esgotamento do modelo petista.
A fala pode soar como uma resposta elegante a aliados empolgados, mas carrega peso político. Neto quer evitar ruídos e reafirmar que seu foco está na Bahia, onde vem tentando consolidar sua imagem como símbolo da renovação de um campo político que busca romper com quase duas décadas de hegemonia petista.
Ao comentar sobre os desafios que tem pela frente, Neto foi além da disputa eleitoral. “Não estou aqui por vaidade, nem contra uma pessoa. Estou aqui contra um sistema. Contra o modo como a Bahia tem sido governada há anos”, afirmou, numa crítica clara, porém institucional, à atual gestão de Jerônimo Rodrigues.
A declaração vem em um momento estratégico, às vésperas de decisões internas e articulações partidárias. Ao recusar, ao menos por agora, um voo nacional, Neto reforça a narrativa de que o projeto é local, mas o impacto pode ser nacional.
