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Motoristas denunciam caos no Aeroporto de Salvador após realocação feita pela Vinci
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Motoristas denunciam caos no Aeroporto de Salvador após realocação feita pela Vinci

A insatisfação entre os motoristas de aplicativo que atuam no Aeroporto de Salvador chegou a um novo patamar. Após a transferência da área de espera para um bolsão provisório, a Vinci Airports, operadora do terminal, se viu obrigada a abrir diálogo com representantes da categoria para conter o descontentamento geral.

A mudança foi justificada pelas obras de requalificação no antigo ponto de espera. No entanto, a realocação colocou os trabalhadores em um local mal iluminado, inseguro e distante da área de embarque. O trajeto, que antes tinha pouco mais de 1 km, agora chega a quase 6 km — o que aumenta o custo, o tempo de deslocamento e o risco de prejuízo caso o passageiro cancele a corrida.

Durante as reuniões, os motoristas cobraram condições mínimas de trabalho, como banheiros, cobertura, iluminação e policiamento. A Vinci prometeu melhorias imediatas, mas o discurso de “soluções temporárias” não convenceu quem enfrenta diariamente o calor, a insegurança e a falta de estrutura no local.

Para piorar, a ausência de uma fiscalização efetiva faz crescer a sensação de abandono. “A gente está no escuro, literalmente”, disse um motorista em entrevista. O sentimento é de precarização e descaso, em um ambiente que deveria ser símbolo de acolhimento e eficiência.

A concessionária, por sua vez, afirma que as mudanças fazem parte de um plano de modernização do aeroporto e que o espaço definitivo contará com infraestrutura adequada, vigilância e banheiros. Mas, até lá, o que prevalece é a realidade de um bolsão improvisado, que reflete a falta de planejamento e sensibilidade com quem move o transporte urbano da capital baiana.

Enquanto o governo e a concessionária se dividem entre promessas e obras, quem continua pagando a conta — e o desgaste — é o trabalhador.