Marcelo Nilo cobra explicações sobre o escândalo dos respiradores e reação à decisão do TCU sobre Rui Costa reacende debate sobre impunidade na Bahia
Marcelo Nilo cobra explicações sobre o escândalo dos respiradores e reação à decisão do TCU sobre Rui Costa reacende debate sobre impunidade na Bahia
A polêmica dos respiradores — aquele escândalo que marcou a pandemia e ainda causa calafrios no contribuinte baiano — voltou ao centro do debate. O ex-deputado Marcelo Nilo reagiu publicamente à recente decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) envolvendo o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e aproveitou para levantar uma pergunta que há anos paira no ar: “Onde foram parar os R$ 48 milhões?”
A provocação de Nilo resgata um dos capítulos mais nebulosos da história recente da Bahia: a compra de respiradores feita pelo Consórcio Nordeste, durante a gestão de Rui Costa no governo do Estado. Os equipamentos, pagos antecipadamente, nunca chegaram, e até hoje o paradeiro do dinheiro público permanece cercado por versões, notas oficiais e pouca transparência.
O eco de um escândalo
A lembrança do caso reaparece no momento em que o TCU analisa a conduta de Rui Costa em processos administrativos da época. Para Nilo, a retomada das investigações é fundamental para devolver credibilidade às instituições e para mostrar que a Bahia não pode conviver com a normalização da corrupção travestida de gestão.
“Onde estão os R$ 48 milhões? Essa é a pergunta que precisa ser respondida, e não apenas esquecida com o tempo”, afirmou Nilo, reforçando que o povo baiano “tem o direito de saber quem lucrou com a tragédia”.
Pressão política e desgaste moral
A reação de Nilo ocorre em meio a um cenário de desgaste crescente do PT na Bahia. O partido, que governa o estado há quase duas décadas, enfrenta críticas cada vez mais duras pela falta de transparência, o aumento da violência e o colapso em áreas essenciais como saúde e infraestrutura.
Nos bastidores, a oposição já se mobiliza para usar o tema dos respiradores como um símbolo da má gestão e do descaso com o dinheiro público, reavivando um fantasma que o governo estadual tenta apagar da memória coletiva.
Silêncio que incomoda
Até o momento, nenhuma resposta clara foi dada sobre o destino do montante milionário. O caso dos respiradores, que envolveu suspeitas de superfaturamento e empresas de fachada, continua sendo um lembrete amargo da falta de controle e fiscalização com o dinheiro público — especialmente em tempos de emergência, quando a agilidade foi usada como justificativa para a ausência de transparência.
A pergunta que Marcelo Nilo lança ecoa além da política: “E os respiradores, chegaram?”





