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Por que o governo Jerônimo teme tanto enfrentar ACM Neto em 2026?
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Por que o governo Jerônimo teme tanto enfrentar ACM Neto em 2026?

Há algo curioso — e revelador — na forma como o governo da Bahia tem se comportado diante da possível candidatura de ACM Neto ao governo em 2026.
Toda vez que o nome do ex-prefeito de Salvador ressurge no debate público, o Palácio de Ondina reage como se tivesse ouvido um trovão no meio da madrugada.
Basta um comentário, uma agenda ou uma simples menção ao nome de Neto para o entorno governista se apressar em espalhar boatos sobre sua “desistência”.

Essa ansiedade não parece vinda de quem está confiante.
Parece medo — e medo de quem sabe o tamanho do adversário que tem pela frente.

A velha tática da narrativa

O governo tem se especializado em um jogo perigoso: moldar a narrativa antes que os fatos aconteçam.
O roteiro é conhecido — planta-se a dúvida, repete-se a versão e, aos poucos, o discurso vai ganhando forma nas redes, nos bastidores e nos gabinetes.
Mas, por trás dessa estratégia, há um reconhecimento silencioso: ACM Neto ainda é o nome que tira o sono dos petistas baianos.

Transformar o rival em “azarão” é uma tentativa clara de desarmar o favoritismo natural que ele ainda mantém.
Mas quem precisa tanto repetir que o outro “vai desistir” talvez esteja tentando convencer a si mesmo.

Jerônimo tem a máquina, Neto tem a memória

Jerônimo Rodrigues é competitivo, tem a caneta na mão e sabe usar a estrutura do Estado como poucos.
Mas o poder, sozinho, não garante tranquilidade.
Ele pode percorrer o interior, posar com o “sapato sujo de barro” e repetir o discurso de proximidade com o povo, mas o sentimento nas ruas é outro.
A gestão não inspira confiança — e o governo sabe disso.

Enquanto o PT aposta na força da máquina, Neto carrega o peso da lembrança: a de uma gestão que entregou resultados visíveis e deixou saudade em parte da população.
É isso que o governo tenta apagar — com propaganda, com narrativa e com medo.

O silêncio que incomoda

Neto, por sua vez, tem jogado no tempo.
Não se apressa, não reage a provocações, e justamente por isso mantém o governo em estado de tensão permanente.
O silêncio dele fala alto — e expõe o nervosismo de quem gostaria de escolher o próprio adversário.

A verdade é simples: se Jerônimo estivesse confiante, não gastaria tanta energia tentando desqualificar quem ainda nem entrou oficialmente na disputa.
O barulho do governo é o som do seu próprio receio.

Entre o marketing e a realidade

Há um abismo crescente entre o que o governo diz e o que o povo sente.
E essa distância, que começou com o discurso de “mudança” em 2022, parece aumentar a cada promessa não cumprida.
Jerônimo pode tentar reinventar a história, mas o eleitor baiano tem memória — e memória política, quando desperta, é implacável.

No fim, a pergunta que ecoa não é se ACM Neto será candidato, mas por que o governo demonstra tanto medo de que ele seja.