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Prefeitos da base perdem paciência com promessas não cumpridas do governo
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Prefeitos da base perdem paciência com promessas não cumpridas do governo

O discurso de parceria e desenvolvimento pregado pelo governo Jerônimo Rodrigues (PT) começa a se chocar com a realidade enfrentada por prefeitos aliados no interior da Bahia. O motivo é o mesmo que vem ecoando há meses nos bastidores da política baiana: as obras prometidas pelo Estado não estão saindo do papel.

Deputados estaduais da base têm levado o descontentamento ao Palácio de Ondina, alertando para o desgaste crescente entre prefeitos que ajudaram a construir a vitória do governador, mas agora se veem de mãos atadas diante das promessas não cumpridas. Em alguns casos, segundo relatos obtidos pelo Política Livre, o governo chegou a lançar ordens de serviço sem sequer iniciar as intervenções.

As queixas se concentram principalmente nas áreas de infraestrutura e saúde, setores que mais impactam a vida das populações do interior. Alguns gestores também questionam a priorização de obras educacionais em municípios de pequeno porte, onde — segundo os próprios aliados — não há alunos suficientes para ocupar as novas salas de aula.

Na Assembleia Legislativa, o clima é de incômodo. Deputados da base admitem, em reserva, que o problema já preocupa pela possível repercussão eleitoral.

“A população cobra da gente porque foi o governador quem prometeu. Isso acaba desgastando o deputado e o próprio governo”, confidenciou um parlamentar ao site.

Ao mesmo tempo em que enfrenta críticas internas, Jerônimo mantém uma estratégia de atração de prefeitos da oposição com promessas de obras e investimentos. Mas o efeito pode estar se invertendo: prefeitos aliados reclamam da falta de execução, enquanto os da oposição observam com ceticismo a dificuldade do governo em cumprir o que anuncia.

Em ano pré-eleitoral, a frustração da base e o silêncio do governo reforçam uma sensação de desconexão entre discurso e prática, que pode custar caro politicamente. No interior, onde as promessas costumam pesar mais que as palavras, o tempo da política parece correr mais rápido do que o das obras.