A troca de farpas entre oposição e governo voltou a escancarar um dos temas mais sensíveis da política baiana: a segurança pública. Em reação às recentes críticas do ex-governador e atual ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), ao ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União Brasil), o deputado estadual Sandro Régis foi direto ao ponto.
Segundo Régis, Rui Costa não tem legitimidade para questionar modelos de gestão após quase duas décadas de governos petistas à frente do Estado. Para o parlamentar, o saldo desse período é preocupante, especialmente quando se observa o avanço da criminalidade na Bahia.
“A Bahia hoje vive uma realidade de violência que ninguém pode ignorar. Quem comandou o Estado por tanto tempo e deixou esse cenário não tem moral para atacar a gestão de quem organizou a capital”, afirmou.
A declaração ocorre após Rui Costa tentar comparar a administração de ACM Neto em Salvador com os governos do PT no Estado. Para Sandro Régis, a comparação não se sustenta nos números nem na percepção da população.
O deputado lembrou que, enquanto Salvador passou por um processo de reorganização administrativa, fiscal e urbana, a Bahia acumulou indicadores negativos em áreas essenciais como segurança pública, educação e desenvolvimento social. Ele destacou ainda que o Estado figura frequentemente entre os mais violentos do país, com altos índices de homicídios e forte presença de facções criminosas.
Régis também citou dados sociais para reforçar sua crítica, apontando que mais da metade da população baiana vive em situação de pobreza e que o desempenho educacional do Estado segue entre os piores do Brasil.
Na avaliação do parlamentar, o discurso petista tenta desviar o foco dos próprios problemas estruturais acumulados ao longo dos anos. “O que se vê é uma tentativa de atacar quem apresentou resultados concretos, enquanto foge da responsabilidade por um legado marcado por insegurança e desigualdade”, disse.
A fala de Sandro Régis reflete um clima político cada vez mais tenso na Bahia, em que segurança pública e qualidade da gestão devem seguir como temas centrais no debate eleitoral e institucional. Para a oposição, a população começa a demonstrar cansaço com promessas repetidas e cobra respostas mais efetivas do governo estadual.





