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R$ 48 milhões no ar: o inquérito que Rui não queria ver reaberto
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R$ 48 milhões no ar: o inquérito que Rui não queria ver reaberto

A poeira que muitos achavam varrida para debaixo do tapete político começa a se levantar novamente. A Procuradoria-Geral da República (PGR) acaba de trazer à tona, com um pedido formal ao Supremo Tribunal Federal, indícios que podem complicar — e muito — a biografia pública de Rui Costa (PT), atual ministro da Casa Civil de Lula e ex-governador da Bahia.

O caso gira em torno da famigerada compra de respiradores que nunca chegaram durante o auge da pandemia, ainda em 2020, quando vidas estavam por um fio e a urgência sanitária expunha as fragilidades — e interesses — dos bastidores da gestão pública.

Na época, Rui Costa presidia o Consórcio Nordeste, e foi sob sua liderança que se fechou um contrato de R$ 48 milhões com a empresa Hempcare Pharma, sem garantias e com pagamento antecipado integral. Resultado? Os equipamentos nunca apareceram. A empresa contratada, segundo a PGR, não tinha qualquer estrutura técnica para fornecer o produto, o que aponta para falhas gritantes — ou, como prefere o jargão jurídico, “indícios de crime”.

Agora, o procurador-geral Paulo Gonet pede a retomada das investigações no Superior Tribunal de Justiça (STJ), sustentando que os fatos ocorreram quando Rui ainda era governador, ou seja, com foro de prerrogativa. O gesto não é só processual — é político. Coloca o ministro sob nova pressão em um momento em que o governo já tenta apagar outros incêndios.

🤔 A CONTA NÃO FECHOU
Mesmo após quatro anos, a pergunta segue no ar: onde estão os respiradores? Pior ainda: onde está o dinheiro? E o que foi feito com os responsáveis diretos? O caso da Hempcare não é só um escândalo administrativo — é um drama social. Pessoas morreram sem assistência enquanto gestores transferiam milhões com uma facilidade assustadora.

A defesa de Rui Costa insiste na tese de que a manifestação da PGR “não agrega elementos novos” e que ele não tem vínculo com qualquer irregularidade. Mas a insistência da PGR em reabrir o inquérito lança dúvida sobre a narrativa oficial.

⏳ O TEMPO COMO JUÍZ
Não é a primeira vez que esse caso ensaia voltar. Mas agora, o pedido vem com a assinatura do atual chefe da PGR, em uma conjuntura política diferente, em que o governo Lula tenta blindar aliados e controlar danos. Rui Costa, que sempre teve fama de gestor técnico e discreto, agora vê sua figura política ameaçada por um dos maiores escândalos sanitários do país.

Resta saber se o processo avançará, se será engavetado como outros ou se finalmente veremos alguma responsabilização efetiva no alto escalão da pandemia. Por enquanto, o Brasil segue respirando à espera de justiça.

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