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“Se apoiar Jerônimo, nem meu voto terá”
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“Se apoiar Jerônimo, nem meu voto terá”

O ex-deputado federal Marcelo Nilo (Republicanos) voltou a movimentar os bastidores políticos da Bahia ao afirmar que não votará em seu genro, o deputado estadual Marcelinho Veiga (União Brasil), caso ele decida apoiar a reeleição do governador Jerônimo Rodrigues (PT) nas eleições de 2026.

A declaração foi dada durante entrevista ao podcast Política Ao Vivo e escancarou o distanciamento político entre os dois, que, apesar da relação familiar, seguem caminhos opostos no cenário estadual.

“Eu ajudei ele a ser deputado, mas o mandato é dele. O estilo de Marcelinho é outro, é pacífico, janta com Rui Costa, almoça com ACM Neto. Se ele ficar com o Neto, eu ficarei muito feliz. Se ele ficar com o Jerônimo, que eu não creio, nem meu voto ele terá”, disse Nilo, em tom firme e direto.

A fala reforça a tensão silenciosa que vem crescendo dentro do grupo oposicionista baiano, sobretudo entre lideranças que tentam se reposicionar para o próximo pleito. Nilo, que já foi aliado do PT, mantém hoje um discurso de independência e crítica à condução do governo estadual.

Segundo o ex-deputado, a divergência política com o genro não é pessoal, mas consequência natural das diferenças de estilo e posicionamento. Questionado se estaria decepcionado com a postura de Marcelinho, Nilo respondeu com ironia:

“Decepção? Eu já tive muitas. Não tenho idade mais pra isso. Não vou me decepcionar com nada.”

A declaração ganhou repercussão nos bastidores do União Brasil, partido que busca consolidar sua identidade entre o eleitorado de centro-direita e fortalecer a oposição ao PT na Bahia.

Com a aproximação do calendário eleitoral, a fala de Nilo expõe as rachaduras e dilemas familiares que refletem as disputas políticas do Estado, onde antigas alianças se misturam a novos interesses e rearranjos de poder.

🧭 Análise Soberana

O episódio entre Nilo e Marcelinho vai além de um atrito familiar. Ele simboliza o desafio de uma Bahia politicamente dividida, onde até os laços de sangue se tornam campo de disputa entre projetos de poder.
No fundo, a mensagem de Nilo é clara: quem se alinha ao PT perde mais do que um voto — perde confiança e identidade política dentro da oposição.