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Sem clima para novos impostos: Congresso resiste, e governo aposta tudo no STF
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Sem clima para novos impostos: Congresso resiste, e governo aposta tudo no STF

O governo Lula tenta mais uma cartada para aumentar a arrecadação — desta vez, por meio da elevação da alíquota do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Mas encontrou resistência firme onde menos queria: no próprio Congresso Nacional.

Em uma reunião realizada na noite desta segunda-feira (8), o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), deixou claro que não há ambiente político para subir impostos no país. O encontro, que reuniu ministros e líderes do Legislativo, buscava construir consenso sobre o reajuste, mas terminou sem avanço algum.

Do lado do governo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, insistiu na tese de que o Supremo Tribunal Federal deve ser convencido da constitucionalidade do aumento. A estratégia, portanto, é transferir o impasse para o Judiciário, apostando que o STF autorize o que o Congresso não quer assumir.

Mas o recado do Parlamento foi direto: não contem conosco para mais carga tributária. “Foi uma reunião para retomar o diálogo. Não adiantamos nada”, disse Motta. “Estamos mais propensos a cortar despesas do que aumentar impostos.”

A postura do Congresso reflete o desgaste crescente do governo com o tema fiscal. A cada novo imposto proposto, a base parlamentar encolhe — e a paciência popular também. Enquanto o Planalto evita discutir cortes e insiste em arrecadar mais, a realidade bate à porta: o Brasil está no limite da tolerância tributária.

A insistência em jogar as decisões no colo do STF, além de tensionar ainda mais os poderes, sinaliza um governo que, diante da resistência política, busca driblar o processo democrático com canetadas judiciais.

Aumentar o IOF, um imposto que impacta diretamente o bolso do cidadão em operações como empréstimos, câmbio e cartões de crédito, pode parecer simples em gabinete. Mas o custo político dessa escolha é alto — e o retorno social, quase nulo.

A pergunta que o país repete, em meio a tantas promessas e tantas cobranças, é: quando o governo vai cortar da própria carne?

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