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Sidônio Palmeira aponta responsabilidade coletiva na reprovação do governo
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Sidônio Palmeira aponta responsabilidade coletiva na reprovação do governo

A gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfrenta uma crescente onda de rejeição popular, e, pela primeira vez, um integrante do alto escalão reconheceu publicamente o problema. Durante evento oficial realizado nesta semana na capital federal, o ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Sidônio Palmeira, declarou que “todos os ministérios têm responsabilidades no aumento da reprovação do presidente”.

A afirmação, rara em sua franqueza, chamou atenção por vir em um momento de forte desgaste da imagem do governo. O evento, intitulado “O Brasil dando a Volta por Cima”, pretendia reforçar a narrativa de retomada do desenvolvimento, mas acabou se tornando palco para um reconhecimento da crise de comunicação e de gestão que atravessa o Palácio do Planalto.

Apesar do discurso otimista adotado por parte da equipe governista, a realidade vivida por milhões de brasileiros tem destoado profundamente da retórica oficial. A alta no custo de vida, o avanço da violência em diversos estados e a estagnação de setores estratégicos como segurança pública e infraestrutura agravam o sentimento de frustração da população.

Mesmo assim, Sidônio Palmeira defendeu o trabalho da atual administração: “O governo fez muito nesses dois anos”, disse, sem detalhar ações concretas que pudessem justificar tal afirmação. A fala contrastou com os dados de desaprovação do presidente, que, segundo os mais recentes levantamentos, já ultrapassa os 56%, atingindo patamares semelhantes aos registrados no final de governos impopulares do passado.

O ministro ainda garantiu que seu foco não está voltado para a reeleição ou para disputas eleitorais: “Penso no governo”, afirmou. Contudo, especialistas apontam que a comunicação do Executivo tem falhado ao não alinhar discurso com ações concretas, o que agrava a percepção de desorganização interna e distanciamento da realidade vivida pela população.

Enquanto o Planalto insiste em propagandas e slogans, cresce o coro de vozes críticas — tanto entre aliados quanto na oposição — que cobram mais responsabilidade, estratégia e sensibilidade por parte de Lula e sua equipe. A admissão do chefe da Secom, portanto, não apenas expõe o ambiente interno do governo, como também revela um quadro preocupante de desorientação administrativa em um país que clama por liderança firme e coerente.