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Tarcísio lidera frente de oposição e dispara: “O país está cansado de narrativas”
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Tarcísio lidera frente de oposição e dispara: “O país está cansado de narrativas”

No coração financeiro do país, durante um fórum promovido pelo banco BTG Pactual, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disparou sem rodeios:
“O Brasil não aguenta mais o Lula.”

A frase não foi solta ao vento. Carregava o peso de uma articulação em curso. Ao seu lado, estavam outros três governadores considerados presidenciáveis: Ratinho Jr. (PR), Ronaldo Caiado (GO) e Eduardo Leite (RS). Todos participaram do evento como parte de uma estratégia nítida: se apresentar como uma nova safra de lideranças políticas nacionais — mais alinhadas ao mercado, à eficiência da máquina pública e à ruptura com os vícios da velha política.

Uma nova geração que ensaia protagonismo

Os discursos revelaram mais do que descontentamento com o governo federal. Houve um esforço visível para consolidar uma frente opositora com discurso econômico afiado, amparado em palavras-chave como “austeridade”, “privatização” e “responsabilidade fiscal”. O recado estava dado: enquanto o Planalto mira no aumento de arrecadação, os estados querem redução de impostos e mais liberdade para governar.

Tarcísio usou o próprio governo como vitrine. Citou a privatização da Sabesp, a proposta de desvinculação das receitas da educação e ações para conter o avanço da Cracolândia. Um cardápio de medidas que, segundo ele, demonstram coragem administrativa e foco na gestão real — não apenas em narrativas ideológicas.

O cenário que se desenha

Nos bastidores do evento, o clima era de ensaio de prévia eleitoral. Não por acaso, o presidente Lula foi o alvo principal dos ataques. Para Caiado, o petista virou um “anão político” frente aos desafios do país. Ratinho Jr. ironizou os vídeos presidenciais em tom lúdico, dizendo que “o Brasil não precisa de vídeos de jabuticaba, mas de gestão de verdade”.

A crítica à comunicação presidencial revela um incômodo crescente com a forma como o Planalto tem tentado suavizar a percepção pública dos problemas reais — como inflação alta, aumento de impostos e clima de incerteza econômica. Já Eduardo Leite fez um discurso mais polido, mas reforçou a necessidade de “pensar o Brasil fora das trincheiras ideológicas”.

Muito além de uma crítica pontual

O que se viu no BTG Pactual foi mais do que um desabafo conjunto. Foi o início de uma agenda política alternativa, em que governadores ganham protagonismo e oferecem caminhos diferentes para o país. Eles miram 2026 não como projeto pessoal, mas como construção de um novo pacto nacional, longe da hipercentralização do poder em Brasília e da lógica do “nós contra eles”.

Esse grupo entende que o desgaste do governo Lula não é apenas conjuntural — é estrutural. E a cada novo aumento da carga tributária, a cada tarifa empurrada goela abaixo da população, cresce o espaço para esse discurso alternativo ganhar tração.

No fundo, a pergunta que paira no ar é uma só: o Brasil está pronto para trocar o carisma por competência?