O Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia (TCM-BA) notificou o prefeito de Camaçari, Luiz Carlos Caetano, por indícios de irregularidades no pregão eletrônico nº 0071/2025. O edital, com valor estimado em R$ 4,3 milhões, trata do registro de preços para compra de materiais de papelaria e escritório no exercício financeiro deste ano.
A denúncia, que acompanha pedido de medida cautelar, acendeu o alerta do TCM. Caso se confirmem indícios de dano ao erário, o órgão poderá suspender o contrato ou adotar providências imediatas para preservar os cofres públicos durante a apuração. O prefeito foi intimado a se manifestar em até cinco dias úteis após a publicação oficial da notificação, datada de 16 de julho.
Embora se trate de uma contratação considerada rotineira, o volume financeiro envolvido levanta questionamentos sobre a transparência e os critérios adotados nas licitações sob a atual gestão. Não é a primeira vez que contratos de itens comuns, como papel e material de escritório, chamam atenção por valores elevados.
A situação reacende o debate sobre boas práticas na administração pública e o papel dos órgãos de controle. A depender dos desdobramentos, o caso pode impactar politicamente a imagem da gestão Caetano, que já enfrentou desafios semelhantes em outros momentos da carreira.