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“Tribunal do Crime” escancara ausência do Estado em Salvador
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“Tribunal do Crime” escancara ausência do Estado em Salvador

Um vídeo chocante que circula nas redes sociais mostra um jovem sendo brutalmente espancado por quatro homens armados com pedaços de pau, no bairro de Bate Coração, em Paripe, subúrbio ferroviário de Salvador. A cena é de violência extrema. A vítima, acuada e em prantos, implora por ajuda enquanto é encurralada em pleno “tribunal do crime” — um conceito que, infelizmente, tem se tornado cada vez mais comum nas periferias da capital baiana.

Enquanto o jovem apanha, um dos presentes narra a cena como se fosse um comentarista de rinha, incentivando os agressores: “É sem amor, sem sentimento”, diz. E ainda solta uma “advertência consciente”: “Só não bate na cabeça pra não matar”. Um toque de sadismo travestido de empatia — revelador da banalização da violência a que estamos submetidos.

🎭 Estado de Paz virou peça de ficção
A promessa de um “estado de paz”, vendida à população pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT), parece ter se perdido no caminho. Talvez nos corredores do marketing institucional. Porque nas ruas de Salvador, o que se vê é medo, silêncio e uma população refém de facções que ditam regras, julgam e executam — tudo isso às claras, diante das câmeras e da omissão do poder público.

🧩 Ausência que fala alto
O episódio escancara uma ferida antiga: a ausência do Estado nos territórios vulneráveis. Falta segurança, falta presença policial efetiva, falta inteligência para prevenir e combater o crime. Mas sobra discurso. Em um momento em que o governo deveria reforçar ações, a população continua entregando a própria sorte aos “juízes do tráfico”.

🔍 Perguntas que não calam
Quantos outros vídeos como esse precisam circular até que alguma providência concreta seja tomada? Até quando Salvador — uma cidade com mais de 3 milhões de habitantes — continuará convivendo com a sensação de que a Justiça tem endereço, cor e CEP?

📌 Reflexão final
Quando o “estado de paz” prometido se transforma em paz de cemitério, é sinal de que a política de segurança pública falhou — não por falta de aviso, mas por falta de ação. E quem paga essa conta é sempre o lado mais fraco.

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