A guerra na Ucrânia, que já dura mais de dois anos, ganhou um novo episódio de tensão política internacional.
O ex-presidente americano Donald Trump voltou a criticar publicamente o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, após este afirmar categoricamente que “jamais aceitará abrir mão da Crimeia” como parte de um acordo de paz.
Em declarações recentes, Trump sugeriu que Zelensky deveria ser mais “realista” e indicou que, sob sua liderança, um eventual plano de paz passaria por concessões territoriais — algo que o líder ucraniano rejeita terminantemente.
“Se ele não for razoável, a Ucrânia perderá ainda mais”, afirmou Trump em entrevista a uma rádio conservadora dos EUA.
A Crimeia, território anexado pela Rússia em 2014, é vista por Kiev como parte inalienável de seu território nacional. Para Zelensky, ceder a Crimeia seria legitimar a ocupação russa e enfraquecer a soberania da Ucrânia de forma irreversível.
Trump, por outro lado, adota uma linha pragmática — ou, para críticos, oportunista — ao afirmar que “às vezes a paz exige concessões”.
Suas declarações repercutiram mal entre aliados da Otan e reforçaram a imagem de que, caso volte à Casa Branca em 2025, seu governo poderá adotar uma postura mais conciliadora com Moscou.
Especialistas internacionais alertam que qualquer negociação envolvendo a entrega da Crimeia teria impactos devastadores para o direito internacional e para o equilíbrio geopolítico da Europa.
A posição firme de Zelensky reflete, também, o sentimento majoritário do povo ucraniano, que rejeita acordos que envolvam perda territorial.
📍Num conflito onde cada palavra pode alterar o curso dos eventos, a pressão pública de Trump adiciona mais instabilidade a um cenário já delicado — e deixa claro que a guerra na Ucrânia será um dos grandes temas da política global em 2025.