Nem esquerda, nem direita: Jequié quer resultado. Essa foi, na prática, a mensagem que o prefeito Zé Cocá (PP) deixou ao afirmar que sua posição política para a sucessão estadual de 2026 dependerá de algo bem simples — obras concretas entregues na região.
Em entrevista recente, Cocá sinalizou que só irá bater o martelo sobre quem apoiará para o Governo da Bahia no final deste ano. Até lá, espera mais do que promessas: quer ação, investimento, compromisso com a cidade e com o povo do sudoeste baiano.
“Se o governo entregar, tem meu reconhecimento. Se não entregar, cada um que siga seu caminho”, resumiu o prefeito.
O que Jequié está esperando?
Zé Cocá não fala de luxo, mas de dignidade. Ele cobra três projetos estruturantes:
🌊 Aproveitamento do lago de 80 km de extensão para irrigação e geração de empregos;
🛫 Aeroporto regional que conecte Jequié ao desenvolvimento logístico;
🏭 Parque industrial para dar musculatura à economia do município.
E faz questão de lembrar: não se trata de vaidade pessoal, mas de retorno para o povo.
“Não sou da base, mas o povo de Jequié paga imposto”
O prefeito, que já apoiou ACM Neto em 2022, critica a prática de privilegiar aliados e deixar de fora quem trabalha. Segundo ele, não há política pública justa quando as decisões são guiadas por siglas partidárias, e não por mérito.
“Tem gestor que não fez nada em sete meses e já recebeu de tudo. Eu tô aqui me virando com 0,6 de FPM e não chega nada? O povo de Jequié também vota. Também merece respeito.”
Análise soberana: a Bahia do interior pede passagem
A declaração de Cocá joga luz sobre um problema crônico: a desconexão entre o governo estadual e o interior produtivo da Bahia. Prefeitos que mostram serviço não deveriam precisar se ajoelhar em Brasília ou Salvador para conseguir apoio.
Mais que um recado, a postura do prefeito é um alerta: a próxima eleição não será decidida em Salvador. Será definida nos municípios que pedem menos discurso e mais estrada, menos palanque e mais hospital funcionando.
🧭 Em resumo:
Zé Cocá exige obras antes de declarar apoio à reeleição de Jerônimo Rodrigues;
Aposta em uma postura pragmática e regionalista;
Rejeita alianças meramente partidárias;
Cobra respeito a quem trabalha — e a quem paga imposto no interior.