Depois de quase duas décadas sob o mesmo comando político, a Bahia coleciona rankings indesejados. Violência descontrolada, pobreza crescente e ausência de políticas eficazes formam o retrato de um estado que parece ter sido esquecido pelo próprio governo. A seguir, um panorama dos principais gargalos que explicam a rejeição crescente à atual gestão:
- Violência e Segurança Pública Caótica
A Bahia lidera o número absoluto de homicídios no país. Salvador, por sua vez, é uma das capitais mais violentas, com altíssimas taxas de assassinatos de jovens. A política de segurança adotada há 17 anos pelos governos petistas priorizou o modelo repressivo, mas os resultados são pífios: aumento da letalidade policial e fortalecimento do crime organizado. - Crise Econômica e Desigualdade Social
Salvador amarga uma das piores taxas de desemprego entre as capitais (16,7% em 2023), além de registrar altos índices de desnutrição infantil. A dependência de programas sociais como Bolsa Família, somada à escassez de empregos formais, revela a incapacidade de gerar crescimento sustentável no estado. - Má Gestão e Corrupção
A oposição, liderada por ACM Neto (União Brasil), vem ganhando força justamente pela insatisfação popular com a administração petista. Em 2024, a oposição venceu em 13 das 20 maiores cidades baianas — incluindo Salvador. A mensagem nas urnas foi clara: o eleitor cansou do mesmo discurso sem entrega. - Infraestrutura e Serviços Públicos Precários
Moradores de bairros como São João do Cabrito, em Salvador, relatam a ausência de saneamento básico, alagamentos frequentes e escolas em estado de abandono. Décadas de promessas e pouca entrega transformaram a realidade de quem vive na periferia num ciclo de abandono institucional. - Ausência de Políticas de Longo Prazo
Especialistas apontam que, independentemente do partido, os sucessivos governos da Bahia falharam em articular estratégias consistentes para combater pobreza e violência. O PT, que sempre criticou a “repressão policial” de outros estados, adotou exatamente esse modelo por aqui — e os resultados falam por si.
📍Conclusão: A combinação de insegurança, pobreza, má gestão e abandono das políticas públicas de base explica por que a Bahia, hoje, é referência nos piores indicadores sociais do país — e por que o eleitor começa a virar a chave.