Após duas décadas de hegemonia petista na Bahia, uma nova aliança começa a se consolidar com força. A possível candidatura de João Roma (PL) ao Senado, na chapa liderada por ACM Neto (União Brasil), acena para a formação de uma Frente Ampla de oposição ao PT no estado, reunindo legendas como PL e a Federação União Progressista (União Brasil + PP).
A união dos dois líderes representa mais que uma simples articulação eleitoral: sinaliza a tentativa de reorganização do campo conservador, liberal e de centro-direita na Bahia — num movimento que pretende romper com um ciclo de 20 anos marcado, segundo os articuladores, por abandono na saúde, decadência da educação e avanço descontrolado da violência.
A iniciativa também marca uma inflexão na relação entre João Roma e ACM Neto, que estiveram em campos opostos nas eleições de 2022. O gesto de união pública sinaliza maturidade política e foco em um objetivo maior: resgatar o protagonismo da Bahia no cenário nacional e restaurar áreas críticas da gestão pública.
O que está em jogo é mais que a formação de uma chapa: é a construção de um novo bloco de oposição que pretende dialogar com eleitores frustrados com o atual governo estadual e oferecer uma agenda baseada em responsabilidade fiscal, segurança, infraestrutura e valorização do setor produtivo baiano.
Com a proximidade de 2026, os bastidores políticos da Bahia começam a se reorganizar — e a união entre Roma e Neto pode ser o início de uma virada histórica no tabuleiro eleitoral do estado.